quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Da viola à guitarra elétrica: instrumentos da moda na trajetória musical brasileira.


Através de pesquisa bibliográfica, utilizando-se de fontes diversas, valorizando o conceito de documento reconhecido pela “revolução documental”, contemplando o mais amplo material do qual se disponha, sejam: escritos; gravações de áudio; gravações audiovisuais; ou iconografias, pretende-se aqui compreender, e aqui se faz objeto, a trajetória da interação entre a música praticada no Brasil e os instrumentos musicais utilizados para sua execução, privilegiando aqueles instrumentos que contaram com uma maior aceitação popular, seja por músicos profissionais, seja por diletantes, envolvendo o aprendizado regular, ou simplesmente a tendência de um determinado período (zeitgeist).
            A fundamentação teórica que mantém nossa argumentação se encontra na historiografia musical brasileira que, dentro de uma perspectiva evolutiva da Música Popular Brasileira, sempre associa um instrumento musical, aos gêneros musicais que se encontram em voga, é o caso da modinha com a viola, do maxixe com o piano, do choro e do samba com o pandeiro, do baião com a sanfona, da bossa-nova e da MPB com o violão e do rock com a guitarra elétrica. Torna-se, deste modo, indispensável o conhecimento dos instrumentos utilizados para a execução dos diferentes gêneros, para enfim, compreendermos a própria musicalidade brasileira e as formas como se desenvolveu ao longo de sua história.
            Pretendemos, portanto, apontar como ocorreu na trajetória musical brasileira, a assimilação de um instrumento específico para cada gênero musical que se destacou e ganhou o gosto popular, demonstrando ainda que alguns destes instrumentos chegaram mesmo a se tornar marcas dos gêneros que acompanham e/ou ainda mais do que isso, tornaram-se símbolos e representantes de uma identidade nacional brasileira, em outras palavras, sinônimo de ‘brasilidade’.

Publicado originalmente  no X Seminário de Pesquisa do Departamento da Universidade Federal do Ceará (UFC), 2014. 

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